FLORES DE AUSCHWITZ
FLORES DE AUSCHWITZ
Na divisa do primeiro clarão da aurora,
amanhece Auschwitz,
e sua despedaçada carga humana.
Portões de ferro,
arames farpados sem fim...
torres de vigia observam,
as estrelas de Davi.
Na câmara de gás,
nos fornos crematórios,
um complexo sistema foi projetado,
para exterminar em grande escala.
Um cheiro nauseante de corpos queimados
vem da fumaça cinzenta que sai
pelas chaminés ainda quentes,
subindo pelo imenso e cinzento
céu polonês. Ausência de paz!
Execuções cinzentas no alvorecer.
Gritos incessantes, constantes.
Vidas sendo assassinadas.
Não há ilusão de indulto,
nem no último instante.
Vidas se vão...
do alvorecer na estação,
até o adormecer no campo de concentração.
Matematicamente, seis milhões de vidas
morreram lentamente.
Nesse século sangrento o amor morreu!
Impossível esquecer esse passado
que ainda está passando...
que continua queimando, sempre a doer.
Hoje recolho infinitas perguntas
porque fartas respostas,
não consigo encontrar, meu D´us.
Regina Rousseau
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