Papa Francisco ao Brasil

Uma voz genuína ecoa..

Na visita do papa Francisco ao Brasil, foi extremamente patético e repugnante assistir figuras políticas ao lado do papa em cerimônias especiais, fazendo discursos e poses para fotos junto de um líder que impõe um respeito natural, respeito este que poucos políticos, ativistas ou chefe de estado usufruem, como foram Martin Luther King, Mahatma Gandhi e Nelson Mandela. Alguns políticos acostumados a ser o alvo das atenções, foram rebaixados ao papel de meros coadjuvantes perante um chefe de estado que, ao contrário deles, usufrui respeito e admiração genuínos, sem que para isso tenha de fazer promessas assistencialistas e contar mentiras populistas. Qual figura política atual consegue exalar naturalmente o mesmo tipo de deferência e respeito?

Eles se submeteram, gostando ou não, a esse protocolo porque sabem que o papa é um dos poucos seres humanos da Terra, que não pode ser ameaçado ou coagido por nenhum governo. O papa, bem como outros líderes religiosos, não têm nenhum regimento de soldados, e sim, um exército de seguidores voluntários, que o admira por aquilo que ele é, e não por aquilo que ele promete fazer. Foi para sua mensagem, e não para a classe corrupta de parasitas, que a juventude se voltou em busca de uma genuína liderança que mereça confiança.

Muito clara a mensagem do papa Francisco, face a Jornada Mundial da Juventude. A juventude deve ir para as ruas, devem se manifestar e dentro da revolução da fé, como denominou o que contamina a juventude, a nossa em particular; buscar o ideal, a esperança de uma Pátria com justiça de ordem político-social, com desprezo e repugnância por aqueles que só pensam em acumular, e que através da corrupção se empanturram, com dinheiro e poder, a ponto de terem indigestão de caráter espiritual, por causa de toda a corrupção, de toda a roubalheira, de toda a extorsão tributária, de todas as recessões e de todas as intromissões ilimitada em nossas vidas. No governo se comprovou um fracasso em fornecer resultados minimamente satisfatórios.  Sua seguridade social não apenas não foi capaz de fornecer uma segurança real, como também se mostrou uma péssima substituta para as obrigações familiares; seu assistencialismo não elevou de forma definitiva o padrão de vida das pessoas; os conflitos de classe criados pelo estado, entre pagadores de impostos e consumidores de impostos, estão cada vez mais exacerbados; e suas tentativas de gerenciar a economia geraram apenas estagnação e desilusão.

Os jovens com coragem e união no espírito de Cristo, devem sair às ruas, para mostrar e apontar para os demais, as transformações devidas. Que sem educação, sem segurança, sem saúde, sem trabalho, não há verdadeira e fraterna solidariedade. Que vençam o caos que se instalou em nosso país, através da luta, ou seja, marchando em direção e reivindicando o que é de justiça. Que não percam a esperança e a fé, avançando com Cristo ao seu lado. Esta juventude, em parte, já tem ciência de que todo o caos que nos aflige, ao menos enquanto América Latina vem de promessas falsas e vazias.

Por fim, o papa lhes falou do mundo espiritual, em vida e vida em abundância. E ela só haverá, quando tomarem pleno conhecimento, da existência da árvore da ciência do bem e do mal.

Regina Rousseau

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